Transtorno do Pânico

Caracteriza-se pela ocorrência repentina, inesperada e até inexplicável de crises de ansiedade aguda;, o transtorno é marcado geralmente por medo e desespero, associados a sintomas físicos e emocionais aterrorizantes. Essas crises podem durar de 5 a 10 minutos e levam ao paciente uma sensação de que ele vai morrer ou perder o controle sobre si mesmo. A primeira crise pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma manifestar-se na adolescência ou início da idade adulta, sem motivos aparentes. Ainda assim, as mulheres são mais afetadas que os homens. Algumas mulheres apresentam crises até durante o sono, quando elas estão no período fértil. Esse fenômeno acontece devido à sensibilização das estruturas cerebrais pela flutuação hormonal. Esse tipo de transtorno pode desencadear fobias. Entre elas, a mais comum é a agorafobia. Um distúrbio da ansiedade marcado pelo temor de se encontrar em espaços abertos, com muita gente, ou em lugares fechados, dos quais o portador da síndrome não possa sair, se tiver um ataque de pânico. Não dá para ter uma ideia exata de quando a crise vai acontecer e isso é um dos fatores que gera tensão e ansiedade nos pacientes.

As causas, assim como em outros distúrbios psiquiátricos, ainda não são totalmente conhecidas. Mas estudos apresentam características genéticas e ambientais, acentuadas por estresse e uso abusivo de determinas substâncias em medicamentos e drogas, além do álcool. Uma crise isolada ou uma reação de medo intenso diante de ameaças reais não serve de imediato como diagnóstico. Muitas vezes, os pacientes portadores de síndrome do pânico apresentam quadros de depressão e acabam buscando uma saída no álcool, atitude que não ajuda no controle das crises. Para o diagnóstico, os desequilíbrios precisam ser recorrentes e provocar modificações no comportamento que interferem negativamente no estilo de vida dos pacientes. Além disso, os sintomas apresentados são de extrema contribuição para o diagnóstico correto.

São eles:

  • medo constante de morrer;
  • medo de enlouquecer ou perder o controle de si mesmo;
  • palpitações, dor e/ou desconforto no peito e taquicardia (sintoma mais comum);
  • sensação de falta de ar, asfixia e/ou de sufocamento;
  • impressão de desligamento do mundo exterior ou distorção na visão de mundo e de si mesmo;
  • sudorese;
  • náusea ou desconforto abdominal;
  • tontura, vertigem ou tremores;
  • ondas de calor e calafrios;

 

O principal tratamento do transtorno do pânico é controlar as crises e conflitos. Geralmente ele inclui a prescrição de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, especialmente cognitivo-comportamental. Essa técnica defende a exposição a situações que provocam pânico, de forma sistemática, gradual e progressiva. Ela ajuda o paciente a entender os ataques e como lidar com eles no momento em que acontecerem. A combinação de ambas as técnicas apresentam os resultados mais positivos e eficientes. A prática de atividades físicas regulares é fundamental para a estabilização do quadro.

Comentários

Dr. Leandro Franco Médico Psiquiatra. Atendimento em Icarai, Niterói e Catete, Rio de Janeiro.
CRM: 52-870218-RJ

Niterói

Rio de Janeiro

© Copyright  2024 – Todos os direitos reservados ao Dr. Leandro Franco. Imagens meramente ilustrativas.