A esquizofrenia é uma doença mental complexa, cujas causas não são completamente conhecidas. Aproximadamente 1% da população desenvolve a doença ao longo da vida. Embora afete homens e mulheres na mesma proporção, a doença aparece mais cedo nos homens, em torno dos 20 anos, com pico de abertura de 18 a 25 anos. Os sintomas da esquizofrenia podem ser assustadores para o paciente, como ouvir vozes não escutadas pelos outros, acreditar que os outros estão lendo seus pensamentos, controlando a mente ou planejando algo para prejudicá-la.
Esses sintomas podem levar a pessoa a ficar com muito medo e se retrair. Sua fala e seu comportamento podem ficar tão desorganizados que ela se torna incompreensível e desperta medo nos outros ao seu redor. Estima-se que cerca de 25% das pessoas com esquizofrenia se recuperam totalmente. O tratamento pode aliviar muitos sintomas, mas algumas pessoas com esquizofrenia continuam a apresentar alguns sintomas ao longo da vida.
Os medicamentos e as intervenções terapêuticas e de apoio, quando seguidos com regularidade, podem ajudar a diminuir e controlar os sintomas. Os primeiros sinais da esquizofrenia aparecem, em geral, sob a forma de mudanças graduais como isolamento social, sintomas depressivos ou comportamentos “esquisitos”.
Na fase mais aguda, os sintomas podem ser mais chocantes para os leigos e com comportamento bem desorganizado. Lidar com os sintomas da doença pode ser particularmente difícil para os familiares, que não entendem como a pessoa mudou de maneira tão radical o seu jeito de ser. O início dos sintomas psicóticos graves é chamado de fase “aguda” da doença. A “psicose” ou “surto” é uma condição comum na esquizofrenia. É um estado de alteração mental caracterizado pelas alucinações, que são distúrbios da percepção sensorial, e/ou delírios, que são crenças falsas, resultantes de uma impossibilidade da pessoa de distinguir experiências reais das imaginárias.
Para diagnosticar a esquizofrenia, é importante descartar outras doenças, pois, às vezes, os sintomas psicóticos ou confusionais podem ser motivados por outras condições. Além disso, o abuso de certas drogas pode provocar sintomas semelhantes ao da esquizofrenia. Às vezes, é difícil diferenciar uma doença mental de outra, assim como algumas pessoas que usam drogas podem apresentar sintomas semelhantes àqueles da esquizofrenia. Os portadores do transtorno podem ainda ser erroneamente identificados como “drogados”.
Pessoas que têm esquizofrenia podem perceber a realidade de maneira muito diferente dos outros à sua volta. A experiência de sentir o mundo e os acontecimentos alterados, devido às alucinações e delírios, pode gerar medo, ansiedade e confusão. Em parte devido a essas experiências incomuns, essas pessoas às vezes podem se comportar de maneira muito estranha. Podem, por exemplo, parecer distantes, alheias ou preocupadas. Podem ficar imóveis durante muito tempo sem proferir qualquer palavra. Em outros momentos podem andar de um lado para o outro, parecendo preocupadas, vigilantes, alertas e insones. Alucinações e ilusões também são alterações da percepção, comumente presentes nas pessoas que sofrem de esquizofrenia.
Não existe uma única causa da esquizofrenia. Muitas doenças, como, por exemplo, as cardíacas, resultam de uma interação entre fatores genéticos, comportamentais e ambientais. Provavelmente o mesmo deve acontecer com a esquizofrenia. Os cientistas ainda não conhecem todos os fatores necessários para causar a esquizofrenia, mas diversos tipos de pesquisa estão sendo feitas para estudar os genes, os momentos críticos no desenvolvimento cerebral e outros fatores que podem levar à doença. Não existem, até o momento, exames laboratoriais ou de imagem que possam determinar o diagnóstico.
O suicídio também é um risco sério para as pessoas que têm esquizofrenia. Se um indivíduo tenta cometer suicídio ou ameaça fazê-lo, é preciso buscar ajuda profissional imediatamente. O índice de suicídio é mais alto em pessoas com esquizofrenia do que na população geral. Aproximadamente 10% das pessoas que sofrem de esquizofrenia cometem suicídio, especialmente jovens do sexo masculino. Infelizmente, é muito difícil prever quais pessoas com esquizofrenia poderão tentar o suicídio.
Como a esquizofrenia não é uma doença de fácil tratamento e suas causas não são totalmente conhecidas, os métodos de tratamento atuais são baseados em pesquisas e experiência clínicas. Essas abordagens são escolhidas, levando em conta a capacidade de reduzir os sintomas e diminuir suas chances de retorno. Medicações antipsicóticas têm contribuído para melhorar a perspectiva de vida dos pacientes. Essas medicações reduzem os sintomas psicóticos da esquizofrenia e, geralmente, permitem ao paciente funcionar mais efetiva e apropriadamente.
Drogas antipsicóticas são a melhor forma de tratamento até agora disponível, mas não “curam” a doença nem garantem que não ocorrerão novos episódios psicóticos. Os pacientes e familiares muitas vezes ficam preocupados com as medicações usadas para tratar a doença. As dúvidas e temores mais frequentes são a respeito dos efeitos colaterais e a preocupação de que esses medicamentos possam levar o paciente a ficar dependente do remédio. É importante saber que as medicações antipsicóticas não produzem nenhum tipo de euforia ou dependência, isto é, não “viciam” o paciente.
A psicoterapia envolve um encontro regular entre o paciente e um profissional de saúde mental. Esses encontros, ou sessões, podem abordar problemas atuais ou passados, pensamentos, ideias, sentimentos, relações e vivências. Através do compartilhamento dessas experiências com o terapeuta – de falar sobre seu mundo com alguém de fora – as pessoas com esquizofrenia podem gradualmente entender mais sobre si próprias e seus problemas. Também podem aprender a discernir aquilo que é real do que não é real. Estudos recentes indicam que a psicoterapia de suporte, bem como as abordagens cognitivo-comportamentais que ajudam o paciente a conviver melhor com a doença e a desenvolver recursos para a resolução de problemas e dificuldades, podem trazer benefícios para as pessoas com esquizofrenia. Entretanto, a psicoterapia não substitui a medicação; é uma abordagem coadjuvante, que funciona melhor se os sintomas psicóticos estiverem controlados pela medicação e o acompanhamento médico regular.
Sou paciente do Leandro por um bom tempo e posso falar com propriedade. Leandro é um médico sério que se baseia em evidências sólidas sem desmerecer o enorme trato humano que o exame clínico exige. Estava descompensado e com depressão maior. Me arrisco em dizer sem pudor que o Leandro ajudou a salvar a minha vida.
Ótimo médico!! Atencioso e realmente presta atenção no que você tem pra dizer. Além disso, foi o único médico que conseguiu resolver meu problema, já tinha ido em 2 médicos antes!
Dr Leoandro salvou a vida do meu filho de 17 anos ! Na primeira consulta ele foi acolhido , foi iniciada a medicação de maneira certeira. Excelente profissional ! Um anjo em nossas vidas!
Sou muito grata a Deus por ter encontrado um excelente profissional que nos trata com muito respeito e é um medico que trabalha por amor ao que faz, tratar do ser humano parabéns e pouco, muito autêntico e se interessa para cuidar da vida dos seus pacientes, competente !!
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